quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Que som é esse?

Conheça a influência da música no local de trabalho

Por Juliana Freitas

O que muitas empresas pensam que prejudica o rendimento de seus funcionários pode ser desmistificado através de pesquisas que comprovam que a música no local de trabalho pode ter efeitos benéficos na produtividade.

Pesquisa realizada na Europa, por uma produtora de assessórios multimídia para computadores, revelou que 75% dos trabalhadores que ouvem música no seu local de trabalho declararam que a música ajuda a relaxar ou a se concentrar melhor no desempenho das tarefas.

O estudo aponta que 8 em cada 10 europeus ouve música no seu local de trabalho, e a maioria desses trabalhadores afirma que a música é determinante para um melhor desempenho. 44% declaram que a música é uma fonte de inspiração e 24% acreditam que contribui para aumentar a produtividade global.

Dentre os gêneros preferidos para aumentar a inspiração e a eficiência no trabalho, o Pop foi escolhido por 62% dos entrevistados.

Um outro estudo, desta vez realizado pelo psicólogo Adrian North da Universidade de Leicester, na Inglaterra, também apresenta resultados interessantes que confirmam os dados. A pesquisa realizada pelo psicólogo reforça a hipótese de que a música pode influenciar na produtividade no local de trabalho. O estudo explica que, se o trabalhador está realizando um trabalho repetitivo simples, a música rápida pode melhorar a moral da força de trabalho e realmente aumentar a produtividade em até 20%, em alguns casos.

A psicóloga Bianca Zórtea utiliza a música em suas palestras, treinamentos, cursos e também em sua empresa. Para ela, a música é um elemento que agrega no sentido de descontrair, unir as pessoas e serve até mesmo como um estímulo à criatividade.

Mas a psicóloga faz uma ressalva mostrando que existem os dois lados quando se trata de individualidade. "Da mesma forma que há pessoas que se sentem bem ouvindo música, existem aquelas que se desconcentram facilmente, o que pode piorar o rendimento", explica.

Outro aspecto a ser observado, segundo Bianca, é quanto à escolha do repertório. "Temos que ter ciúme do nosso ouvido. Músicas tristes, como as que falam de miséria e traição podem prejudicar o ritmo da equipe. É importante saber selecionar o que ouvimos, não apenas no local de trabalho, pois falamos o que ouvimos e vivemos o que falamos, por isso devemos ter certo cuidado com as músicas que escolhemos", explica e adverte: "O ideal é que sejam músicas que tenham boas letras, mas também não sejam tão animadas para não descontrair demais", ressalta.

Thiago Araújo, funcionário de um supermercado de Palmas que aderiu à música ambiente, comenta que o fato de trabalhar ouvindo música motiva seu trabalho. "Quando estamos desanimados, a música descontrai e anima a gente", diz. Paulo Henrique, funcionário da mesma empresa, compartilha da opinião: "Acho muito bom trabalhar ouvindo música, a gente se distrai e trabalha melhor", declara.

O link para esta matéria publicada no O Girassol é: http://www.ogirassol.com.br/paginaviver.php?idnoticia=9843

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Assédio Moral: O que é e como agir diante da situação

Por Juliana Freitas

Convivência intensa no ambiente de trabalho propicia relações conflituosas

Muitas pessoas não têm o conhecimento do que caracteriza uma das mais comuns agressões ao trabalhador: o assédio moral. Humilhações por palavras ou gestos, rigor ou críticas excessivas, boatos que desqualifiquem o funcionário, punição não proporcional e exigências ou metas impossíveis de serem cumpridas são alguns exemplos deste tipo de assédio.

Apesar de ainda não fixar pena como ato criminal, o assédio moral tem sido cada vez mais denunciado e discutido no Brasil. Foi apresentado em Brasília, o Projeto de Lei nº 4742/ 2001, que propõe a inclusão do assédio moral no Código Penal, caracterizando este assédio como crime. O Projeto abrange inclusive, o funcionalismo público.

Para a advogada trabalhista Jakeline de Morais e Oliveira, o assédio moral caracteriza uma violência psicológica e moral contra o empregado ou colega de trabalho. A advogada ainda ressalta que apesar de ser muito comum, as pessoas geralmente se submetem a este assédio por medo de perder o emprego. “Geralmente as pessoas só denunciam após serem desligadas da empresa onde sofreram o assédio”, comenta. Mas a advogada ressalta que o funcionário não deve se submeter a esta situação, uma vez que a demissão por motivo da denúncia não apresenta justa causa.

Marcelo (nome fictício), que é funcionário público municipal comissionado, foi vítima de assédio moral recentemente. No mês de junho, Marcelo precisou fazer uma viagem para participar do último módulo de seu curso de especialização. O funcionário entrou em contato com o departamento de recursos humanos e recebeu a autorização para a viagem, mediante apresentação do certificado de participação no curso. Marcelo deixou um número de telefone para contatos de emergência, mas, para a sua surpresa, durante a viagem Marcelo recebeu um telefonema de um familiar relatando que havia recebido uma ligação de sua superiora fazendo graves ameaças de demissão e acusando o funcionário de estar viajando a passeio. Marcelo pensou em entrar na Justiça por danos morais, mas se sentiu obrigado a recuar por medo de ser demitido.

A advogada Jakeline ainda aponta que o assédio moral não se trata apenas da relação empregador-empregado, mas é comum acontecer também entre colegas de trabalho. Neste caso, a empresa também é responsável, já que ela responde pelos seus funcionários. A advogada orienta que a vítima de assédio deve procurar, em primeira instância, a Delegacia para registrar a ocorrência e, em seguida, o Ministério do Trabalho. O Ministério então, acata a denúncia e faz a apuração da mesma junto à empresa.

A psicóloga Taiana Avelino explica que o assédio moral pode causar bloqueio psicológico e inibição no assediado. Apesar de ser uma realidade comum em muitas empresas, Taiana afirma que, em parte, este assédio pode ser evitado pelo trabalhador. “A pessoa precisa conhecer melhor a si próprio, saber se posicionar diante das situações e, principalmente, saber conduzir o problema quando ele surge”, adverte. A psicóloga ainda ressalta que problemas de relacionamento surgem em todos os lugares, mas são mais manifestos no trabalho devido ao tempo que as pessoas passam juntas. “Geralmente passamos mais tempo em contato com colegas de trabalho que com a própria família. Com isso, os problemas e as diferenças com certeza vão surgir e é preciso maturidade e tempero nos relacionamentos para que se tenha uma convivência saudável”, explica. A psicóloga orienta que a comunicação é a melhor opção para evitar que os problemas se acumulem e acrescenta: “é muito importante ter em mente que nosso limite termina onde começa o do outro. Com respeito mútuo, muitos problemas e desgastes podem ser evitados”.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Chá nosso de cada dia...

Por Juliana Freitas

Posicionado em segundo lugar no ranking dos líquidos mais consumidos no mundo, o chá só perde para a água. Pesquisa realizada por um dos principais fabricantes da bebida no Brasil, a Dr. Oetker Brasil, aponta um crescimento de 30% no mercado brasileiro de chás seco, nos últimos cinco anos. Isso graças à versão em saquinho, introduzida por aqui no início da década. Aos poucos, o país do cafezinho se rende à cultura milenar oriental.

Em Palmas, a farmacêutica Keli Parus afirma que houve um aumento significativo na procura por chás, principalmente os considerados emagrecedores, que, segundo ela, atuam mais com efeito diurético que na queima de gordura. “Apesar de a pessoa perder peso, essa perda está mais relacionada à perda de líquido que de gordura”, explica Keli.

Mas um dado importante: chás mesmo são os derivados da planta Camellia Sinensis, que são os chás preto, verde, branco e oolong. O que não tiver esta origem não é chá, e, sim, infusão. As folhas da Camellia Sinensis são ricas em compostos fenólicos, substâncias capazes de debelar a ação dos radicais livres, moléculas nocivas acusadas de estar envolvidas em males que vão da aterosclerose ao câncer.

Infusões são todos os outros tipos de bebidas feitas a partir da imersão de folhas, flores e frutas em água quente. Algumas plantas, especialmente ervas, podem ser preparadas em forma de chá. Além de darem mais sabor à infusão, elas têm propriedades que podem auxiliar no tratamento de doenças. (Veja, abaixo, alguns tipos de infusões e seus benefícios).

As virtudes medicinais dos chás são de conhecimento milenar. É inegável o potencial de cura pelas ervas. Tomando chás, além da hidratação, podemos potencializar os benefícios com as propriedades específicas de cada planta e, ainda, ajudar o metabolismo no processo de desintoxicação por meio das catequinas, substâncias presente nos chás de ervas.

As principais características e os reais benefícios dos chás

Verde - também conhecido como Banchá, possui propriedades terapêuticas e cosméticas. É rico em flavonóides, substâncias antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular precoce. Devido à ação dos flavonóides e das catequinas, que bloqueiam as alterações celulares as quais originam os tumores, atua na prevenção de câncer. Além de conter manganês, potássio, ácido fólico e as vitaminas C, K, B1 e B2, também ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, já que os estudos associam o consumo diário desse chá a uma diminuição dos níveis sangüíneos de LDL, que é a fração ruim do colesterol, e à melhora das condições das artérias. Além de todos estes benefícios, o chá verde ainda é considerado termogênico, acelerador do metabolismo, favorecendo a perda de peso.

Preto - de acordo com pesquisa publicada no periódico científico American Journal of Epidemiology, o consumo de 23 xícaras de chá preto por mês contribui para diminuir em 72% o risco de Parkinson, doença neurodegenerativa que afeta os movimentos. A análise foi de 63.257 homens e mulheres chineses. Outro estudo publicado pela UCL (University College of London) afirma que a bebida atua na redução do cortisol, o hormônio da tensão, além de reduzir os males cardiovasculares com a proteína C-reativa.

Branco - produzido por meio das folhas jovens e brotos da planta, apresenta uma maior concentração de catequinas do que o chá verde. Também apresenta doses mais baixas de cafeína. A ingestão desse chá também pode ser benéfica para os ossos e auxiliar na redução de inflamações e dores. Mas ainda há muita cautela em torno dessas alegações, devido a estudos que ainda estão sendo realizados sobre a erva.

A História do Chá

De origem chinesa, o chá possui tantos atributos que pode ser considerado uma bebida completa. A história conta que o chá surgiu por volta de 2.800 A.C, criado na China pelo Imperador Shen Nung. A criação do chá se deu casualmente, quando o imperador, ao ferver água para beber, não percebeu que algumas folhas caíram na vasilha ocasionando um perfume delicioso assim como o sabor.

O chá envolve todo um ritual e origina-se nas folhas verdes da Camellia sinensis, árvore nativa da China.

Muito embora tenha surgido na China, foi o Japão o responsável pela divulgação do chá, tornando-se parte importante na educação japonesa à cerimônia do chá.

No século XVI o chá começou a ser importado para a Europa, através dos holandeses e dos portugueses. Os ingleses só introduziram o chá em suas vidas a partir do século XIX.

O link para esta materia publicada no O Girassol é :

http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?idnoticia=1815