O uso de aromas naturais ajuda na prevenção e auxilia no tratamento de doenças.
by Juliana Freitas
A cura através de aromas naturais não é de hoje. Há mais de seis mil anos a medicina através dos odores e dos cheiros, vem curando e prevenindo doenças. Em toda a história da civilização humana, as plantas medicinais e aromáticas foram utilizadas para purificar e perfumar ambientes, tratar de problemas da pele, tratar de problemas físicos como no uso das infusões, nos processos de mumificação no antigo Egito, nos banhos romanos, etc.
Hoje a prática da Aromaterapia está se tornado bastante difundida em todo o mundo, mas ainda é, na maioria dos países, considerada como Medicina Complementar. Na França, a Aromaterapia faz parte da formação médica. No Brasil, a prática é desconhecida pela maioria e o número de pessoas que já conhecem e são beneficiadas com o tratamento ainda é bastante restrito.
A verdadeira Aromaterapia é a aplicação terapêutica dos Óleos Essenciais através de banhos, massagens, compressas, difusão no ambiente, etc. usando sempre veículos neutros para diluí-los, tais como: óleos vegetais, água ou álcool de cereais, preservando-se assim, as propriedades químicas e a atuação físico-química no organismo humano, combinados com a atuação olfativa através do sistema límbico.
A Aromaterapia só foi reconhecida como tratamento em 1960, mas, desde os anos 20, já merecia estudos. Os óleos essenciais, obtidos a partir de plantas, salvo raras exceções, ao serem captadas pelo olfato, podem energizar ou acalmar. Os óleos devem ser usados sempre diluídos - pois são extremamente fortes -, e com muita prudência por doentes graves, pessoas com pele muito sensível e mulheres grávidas. Entretanto, contra-indicações são raras e seu uso é bastante agradável.
De acordo com a fisioterapeuta e especialista em saúde da mulher, Letícia Balloni Gomes, que aplica a aromaterapia na Clínica Europa Estética e Saúde, o procedimento é coadjuvante para a melhora e recuperação de qualquer tratamento. Segundo a especialista, cada cliente é avaliado para que seja determinado o tipo de essência, que pode ser relaxante, calmante ou estimulante, que deve ser utilizada em cada caso. “São aplicados óleos essenciais no corpo, de acordo com uma avaliação inicial do estado emocional da pessoa, associada às queixas relatadas por ela”, explica Letícia.
Na clínica, ainda não existe uma sessão exclusiva de aromaterapia. A técnica está inserida em todos os procedimentos realizados, mas a fisioterapeuta acredita que em breve, serão incluídas sessões exclusivas de aromaterapia e musicoterapia. “Nós percebemos a necessidade de tratar o indivíduo como um todo, por isso a aromaterapia está incluída em todos os nossos procedimentos”, justifica.
Os óleos essenciais Os óleos essenciais são produzidos por minúsculas glândulas presentes nas pétalas, no caule, na casca e na madeira de numerosas plantas e árvores. Se, na natureza essas glândulas liberam os aromas das plantas de forma progressiva, quando aquecidas ou trituradas, elas explodem e liberam os odores com uma potência muito maior. Para extrair o óleo essencial puro, recorre-se a um processo de destilação no vapor d’água. Se a essência é dissolvida no álcool ou em outro solvente, denomina-se essência absoluta. São menos puras que os óleos, porém conservam propriedades curativas interessantes. Os usos dos óleos essenciais são múltiplos, mas eles são mais utilizados na unção da pele (massagem), podendo também ser inalados ou colocados na água de banho ou em compressas. Os óleos devem ser conservados longe do calor e ao abrigo da luz, de preferência em uma caixa de madeira ou de papelão grosso. Sua durabilidade varia: os óleos cítricos, por exemplo, devem ser usados em seis meses.
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